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terça-feira, 24 de julho de 2012

O EQUÍVOCO DOS ASSIS- por Chaubet


Uma das coisas que mais atrai os homens é o risco. A adrenalina a soltar-se. A capacidade de vencer o medo. É por essa razão que os desportos e práticas radicais têm tanto êxito. Enfrentar um toiro é das sensações mais radicais que existem. Nela não pode haver truques ou paragens a meio. Não há empates. Homem ou toiro, algum tem que vencer. É este embate, é a luta pelo triunfo, o perigo elevado ao máximo, a possibilidade da Morte, que estimula o homem.
A sua capacidade de encarar esse desafio com elegância, controlando as suas emoções e dando plasticidade ao confronto com o toiro, faz com que se chame Arte à sua atuação. Desenvolvida com orgulho e pundonor, é a expressão máxima da atração que o perigo exerce sobre o homem. Agradece ao público os aplausos que ouve e ao toiro, o ter-lhe dado ocasião para os ouvir.
Todavia é o comportamento deste que mais o sensibiliza. O sacrifício a que o desejo de uma lide perfeita, o obriga a infligir ao toiro, é a custo que o aceita. Mas não consegue desistir e o público, embora com igual sentimento de comiseração pelo toiro, “exige” que ele continue. O confronto do homem com o toiro é empolgante. Desperta emoções que fazem esquecer por momentos o sacrifício imposto ao toiro. Mas esse sacrifício, embora  imprescindível  desagrada-lhe.
Para ser lidado na arena, é escolhido o toiro considerado mais  agressivo. Vindo do campo para a praça, não está habituado ao contacto com o homem nem sabe como se portar. A sua inata agressividade, para proporcionar uma boa prestação ao toureiro, tem que ser trabalhada. Daí a necessidade das varas e das bandarilhas, pois só através dessas “provações” se obtém o  toiro com condições para ser lidado em praça.
Mas o toureiro e o público, pela simpatia que têm pelo toiro e porque não é o sacrifício deste que aprecia mas sim o frente a frente do homem e o toiro, tratou de minimizar ao máximo o castigo que é obrigado a impor-lhe. Sem pôr em causa o seu desempenho antes, até, facilitando-o, procurou forma de o conseguir.
Daí ter limitado o número de varas a que o toiro pode ser submetido. Ter criado puyas o mais pequenas possível. Ter colocado uma cruzeta na vara, para evitar que a mesma penetre o corpo do toiro mais que o necessário.
Com as bandarilhas o procedimento é semelhante. Foi estabelecido o número máximo de pares a colocar, estudado o arpão que se espeta no toiro, de modo a não molestar mais que o devido.
Por haver por parte dos taurinos todo este cuidado, é que considero que os Assis sem auréola, os “contra”, os anti taurinos, estão equivocados ao dizerem que os aficionados do que gostam é da tortura a que o toiro é submetido, que somos sanguinários, mal formados, mais isto e aquilo.
Então, se o que nos atrai é o sofrimento de seres vivos, de um pobre e indefeso animal, não seria um paradoxo, esforçarmo-nos para diminuir esse sofrimento? O lógico, pela vossa ótica, era nós, os tais antipáticos torturadores, arranjarmos forma de aumentar o sofrimento da vítima. Não diminui-lo.  
Posto  isto  repito: ESTÃO EQUIVOCADOS. DO QUE GOSTAMOS É DE VER O CONFRONTO ENTRE O HOMEM E O TOIRO. NÃO O SACRIFÍCIO DESTE.
Aliás, já repararam na alegria do toureiro e do público quando um toiro é indultado? É aplaudido e,  por vezes, dá a volta à praça como prémio do seu comportamento?. Será esta atitude dos tais a quem, irresponsavelmente, chamam sádicos, consentânea com a de  uns  torturadores.? 
Mais, quando o picador está a enterrar demasiado a vara, o público protesta. Não gosta.  Onde estão pois os malvados mal formados que vão às touradas para ver maltratar os toiros?
Não preciso que me peçam desculpa pelos nomes que me têm chamado, nem digo para pararem com a vossa infrutífera cruzada moralista. Basta que reconheçam como se equivocaram ao avaliar-me. A mim e a todos os taurinos. Não somos torturadores, não somos sádicos, não somos selvagens, não somos carrascos, não somos irracionais, não somos vampiros, não somos primitivos, não somos desprovidos de valores humanos, não somos predadores, não temos desvios no intelecto. Esta a adjetivação que alguns dos piedosos, bem formados, pacíficos e ponderados Assis sem  auréola, usam  para  nos  classificar. A um ou outro nem a honra da minha Mãe escapa.
Sei que vão dizer - reconhecendo que apesar de não ser o que os Assis dizem, o toiro sempre sofre, qual a razão  porque  continuo a apoiar as touradas. Por aí podem-me pegar: “o êxtase que a tourada me proporciona, faz-me esquecer o sofrimento do toiro”.
Mas não me venham com essa! A lagosta metida viva numa panela para cozer em lume brando. Lembram-se disso quando a comem? O peixe com a boca presa ao azul, tentando sorver o ar que lhe falta, é recordação que lhes venha e lhes faça perder o apetite? E lembrarem-se que mandam  capar gatos, cães e, a estes até, cortar-lhes as orelhas para ficarem mais bonitos, faz com que deixem de ter estes animais de estimação?
Se fosse por excesso de sensibilidade pelo sofrimento de seres sencientes (palavra sofisticada que aprendi nos vossos escritos) digo, como já tantas vezes disse (no estilo dos Assis que repetem as mesmas coisas dúzias de vezes) que há gente a passar fome e a dormir nas ruas. Desviar a atenção para o sofrimento dos toiros em vez de ser para o  dos  nossos  semelhantes  que  também são seres sencientes, parece-me  imoral. Essa  a  razão  porque  duvido da sinceridade dos sentimentos que apregoam ter. Não gostam de touradas. Estão no seu direito. Ninguém os obriga a gostar. Já querer obrigar que os outros também não gostem é que é excessivo.
Aliás, penso. O que  motiva  este  ataque  impiedoso  e  mal educado aos taurinos, não são sentimentos nobres. Antes pelo contrário. É a inveja, frustração o ciúme. O protagonismo adquirido por quem é capaz de arriscar a vida desafiando um toiro, naqueles que passam na vida sem ninguém dar por eles. Não têm valor para se fazerem notados, a visibilidade adquirida pelos que pisam a arena, é uma provocação. Incapazes de ações idênticas mas não se conformando com o cinzentismo em que vivem, abraçam com fictícios sentimentos de solidariedade causas nobres mas controversas, para se fazerem notar. Usando o alcance da  internet , com a maior agressividade e ordinarice.
 Se tivessem cabeça para raciocinar, veriam que isso  é o  melhor  que podem fazer a favor dos taurinos. A não ser pessoas com o mesmo nível moral e de educação, quem mais quererá colaborar com pessoas desta qualidade? Por isso as arruaças, as concentrações à porta das praças terem cada vez menos gente. E as que  aparecem  são  aflita e constantemente convocadas pela internet.
Conforma os acontecimentos dos próximos dias, assim volto, ou não, a este tema. O meu périplo pelos blogues dos Assis sem auréola, deu-me material para continuar a analisá-los. Assim tenha tempo e paciência. Apesar de saber que é malhar em ferro frio. Mas como não pretendo muito… apenas que deixem de me insultar e de se meterem nas minhas preferências, possivelmente voltarei. 
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)